Caracterização mineralógica e geoquímica dos fosfatos no Noroeste de Angola (província do Zaire)
Palavras-chave:
Quindonacaxa, Rochas Fosfatadas,, Zaire, Composição mineralógicaResumo
A área de estudos é prescrita ao Pré-Câmbrico pelo complexo metamórfico-intrusivo, considerando, portanto as correlações entre paragneisses e ortogneisses, sienitos e rochas ígneas, como sua fácies. O complexo metamórfico-intrusivo situa-se na região do Zaire e tem idade Proterozóica. As rochas fosfatadas da área podem ser encontradas nos vales do Quaternário situadas nas plataformas mistas de calcário do Eocénico Médio, e fundamentalmente constituído por rochas organogeno-detríticas. A espessura da camada fosfatada varia entre 0,10 – 3,40m, com um teor entre 22% – 26,9% (P2O5) e também são detentoras de pequenas concentrações de urânio. O minério é constituído principalmente de carbonato de florapatite disseminada entre os fragmentos detríticos, indicando uma génese em zonas de alta energia. A maior parte de rochas é friável com fragmentos de rocha de grãos grosseiros caracterizados por materiais fosfatados, resíduos orgânicos partidos, dentes de peixe, grãos de quartzo e cascalho coprolítico disseminados nas areias argilosas. Também, podem ser encontrados nas rochas margosas. O método mais utilizado para determinar o percentual de CO3-2 em apatite sedimentar foi a florescência de raio-X pela facilidade e rapidez. A análise química por florescência de raios-X permitiu caracterizar o minério fosfático de Quindonacaxa, o que por sua vez permitiu comparar este com os de outras localidades. Os fosfatos de Quindonacaxa apresentam características baseadas nos parâmetros químicos muito próximos aos melhores concentrados de rocha fosfática disponíveis na África e no mundo, em geral, com razão CaO/P2O5 de 1,6, baixo teor de urânio e nenhum registo da presença de teores de Pb e/ou Cd no concentrado fial.