Remineralizadores de solo: um novo insumo para a sustentabilidade agrícola de Angola
Palavras-chave:
Rochagem, Remineralizadores, Insumo, AgriculturaResumo
Angola possui uma imensa geodiversidade, o que assegura um espectro de possibilidades para os usos dos seus bens minerais. Entre essas possibilidades estão os maciços ultrabásicos e alcalinos, de idades que variam do Proterozóico Inferior até o Cretáceo Inferior, que se encontram encaixados em rochas graníticas, tais como o Complexo Gabro Anortosítico do Cunene (constituído por rochas anortosíticas, hornblenditos e peridotíticas) e o Maciço Alcalino Vulcânico (composto por riólitos, dacitos, basalto e basalto olivínico) localizados na região sudoeste. A presença de rochas com composições variadas possibilita o seu uso como remineralizadores de solos, uma vez que representam uma imensa combinação mineralógica formando um “banco” de macronutrientes e de micronutrientes benéfios ao desenvolvimento das plantas. O uso de rochas moídas para remineralizar solos degradados ou intemperizados é o principal pressuposto da tecnologia da Rochagem, que visa melhorar a fertilidade dos solos. O objectivo
desse trabalho é propor o uso de remineralizadores visando melhorar a fertilidade dos solos em Angola, bem como ampliar a oferta de alimentos no País. O estudo de caso considerou rochas da região de Cunene e resultou em uma proposta de uso desse potencial geológico para remineralizar os solos por meio do uso de rocha moída.