Mineralogia e geoquímica dos elementos do grupo da platina (EGP) nas rochas gabróicas de Candua, Libolo, Angola
Palavras-chave:
Gabros, Rochas gabróicas, Candua, Libolo, EGPResumo
As rochas gabróicas de Candua, Libolo, são massivas, esencialmente mesocratas, já que os seus M’ (índice de cor) situa-se entre 45,7 a 48,8 (portanto no intervalo 35% a 65%), e mostram texturas cumuláticas com plagioclase, clinopiroxenas, anfíbolas, ortopiroxenas, e biotite. são compostas por gabros, doleritos e gabros piroxénico-horneblêndicos, e altos teores de Al2O3 (peraluminosa), teores de TiO2 de moderado a alto, teores baixos de alcalinos (Na2O+K2O), e teores médios Fe2O3, sendo
classifiadas como gabros subalcalinos toleíticos Apresentam teores altos de Al2O3 (peraluminosa) (variando de 10,46% a 17,01%), teores de TiO2 de moderado a alto (de 0,53% a 1,97%), teores baixos de alcalinos (Na2O+K2O) (variando de 0,49% a 9,06%), e teores médios Fe2O3 (variando de 6,03% a 20,41%), sendo classifiadas como subalcalinas toleíticas. As correlações positivas entre os EGP (Pd versus Pt, Pd versus Pt, Ir versus Pd, Ir versus Rh e Ir versus Pt) indicam que os EGP são particionados
numa mesma fase mineral. A relação positiva clara existente entre SEGP versus número de Mg, indica que a cristalização fraccionada está envolvida na génese. A saturação em enxofre é evidenciada pelas razões baixas de Cu/Pd, que suportam as altas concentrações de EGP nessas rochas. Os gabros de Candua, Libolo, mostram um incremento nas abundâncias em EGP na ordem Ir->Rh->Os->Pt->Pd->Ru. Os gabros e melagabros piroxénico-horneblêndicos apresentam-se enriquecidos em EGP, enquanto que os microgabros se apresentam com os teores característicos do manto para os EGP